quinta-feira, 25 de julho de 2013

Resenha #4 O Teorema Katherine

   Em homenagem a capa divulgada do romance "Cidades de Papel de John Green, veja ao lado, estou postando a minha resenha de O Teorema Katherine. Então, vamos lá.

   19 Katherines. 19 Chutes. 19 Gráficos. E apenas um gênio. 
   Essa é a premissa inicial do livro, eu como sempre, não li a sinopse e fiquei meio surpreso, esperava um drama de uma garota morrendo e o um garoto gênio superando sua triste perda fazendo assim um teorema o qual sempre poderia preservar a jovem em sua memória, mas não e eu acho que essa inconstância das histórias de Green, faz dele um autor flexível e diferente, fazendo uma ligação entre o leitor jovem e ele.
   Este é o segundo livro que eu leio dele e de início tenho que dizer, A Culpa é das Estrelas é melhor, te faz chorar pacas, mas O Teorema Katherine é ótimo, te faz rir pacas, como eu disse para alguns amigos: "John Green quis ser bonzinho desta vez e não fazer todos caírem aos prantos e sim, rirem".
   Veja a sinopse:
  
  Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
   Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Fan-art mostrando Colin e Hassan (um detalhe interessante dos livros de John Green são os nomes, eu pelo menos
sou péssimo com nome de personagem, mas o mesmo consegue nomes perfeitos para os personagens).

   Ao início do livro, você já descobre que o protagonista é um jovem egocêntrico e com motivo por ser um gênio, e que ao mesmo tempo foi estraçalhado pelo amor de suas Katherines. E logo, você conhece seu amigo gordão e com piadas célebres, Hassan. 
   Um detalhe que me chamou atenção foi a narração em primeira pessoa do personagem, isto é, a mesma é descontraída e parece que você esta falando com um garoto de dezessete, dezoito anos, só que ao mesmo tempo, parece ser com uma criança curiosa que conta tudo que sabe em cada parágrafo. Colin diferente das pessoas normais sabe de tudo sobre tudo e como Hassan diz: "Ele não tem um filtro que separa as coisas que para uma pessoa normal seria inútil" e por isso, ele fala tudo que passa pela sua cabeça.
   Outro detalhe interessante é a fissuração de Colin sobre anagramas, a dedicatória  em si, do livro são vários anagramas, o que já faz ficar intrigado sobre o que é que tem de tão importante sobre anagramas nas primeiras páginas.
   Em muito momentos, eu vi o próprio Sheldon, de The Big Bang Theory, pois, seus pensamentos, muitas vezes são inocentes e é como se o que para você seria brincadeira, para ele, seria algo sério. E acho que isso, deu uma pitada diferente ao livro.
   Ao decorrer do mesmo, você conhece Lindsey e de início pensa "Ela não vai ser a garota dele" e depois você pensa "Ela tem que ser a garota dele, por que ele tem [SPOILER] de ser o segundo Colin dela". 
   Os personagens que surgem após Lindsey são muito interessantes, por que são quase como esteriótipos, tanto na mente de Colin como na vida real, isto é, na história do livro, assim como todo o cenário da pequena cidade e da história que ela segura para si.
   Além de comédia e romance, o autor ainda insere um certo mistério ao redor de muitas coisas, um deles é o histórico de Colin e "As Katherines", além de mostrar muita matemática. O livro tem cerca de 288 páginas sem contar com um apêndice, que sou sincero ao dizer que eu entendi matemática com ele, a história é sobre um teorema matemático sobre a previsibilidade dos relacionamentos e John Green é um fã de matemática, além de ter um amigo que é matemático, então, ele simplesmente demonstrou que é possível. Mesmo que não goste da matéria, leia o apêndice, não adere ou subtrai a história, mas é bem engraçado o amigo de Green, Daniel Biss.
   Sobre o autor, eu acho que posso me por no direito de dizer que ele é um homem adulto que escreve como se fosse um adolescente. A mesma, isto é, a escrita, é rápida e descontraída fazendo qualquer um não conseguir largar, sem contar que durante o livro é como se John Green estivesse dialogando com você ao inserir uma nota de rodapé, diferente de outros livros que apenas explicam e pronto, John Green, explica com suas palavras, em primeira pessoa, como se estivesse conversando com o leitor, o que é muito interessante.
   Eu recomendo este livro tanto para os que já leram A Culpa é das Estrelas como os que ainda não leram, não dá como se decepcionar. 
   Abaixo veja outras capas de outros países, mas digo que a do Brasil é uma das melhores, por revelar toda uma história e ao mesmo tempo te deixar intrigado com o que pode encontrar, isto é, como um gráfico, um coração e uma banheira estão ligado? A resposta? Só lendo. Diferente das outras que não chamam muita atenção.



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