domingo, 11 de agosto de 2013

Batalha: Patty e Tiffany, de um casal de amigos para um par romântico


   Já faz alguns meses que li "O lado bom da vida", na verdade, logo quando saiu a capa com a Jennifer Lawrence e hoje consegui ver o filme. Então, gostei de ambos, me cativaram bastante, mas acho que é bom comentar o que vi de errado e o que pode acabar decepcionando durante o filme ou até mesmo se a pessoa ler o livro depois. Logo, farei um post dividido em três partes: o livro, o filme em relação à cinema e o filme em relação à uma adaptação baseada no livro. Espero que gostem.

O LIVRO:
   O mesmo tem 254 páginas e o autor nada parece com o modo o qual ele escreve, não sei por que, apenas vi um cara diferente quando eu li do qual eu vi a foto (eu apenas vejo a foto do autor na metade do livro ou até mesmo no final como aconteceu com o John Green).
   De início quero por a sinopse, por que ela, já diz muito sobre o livro:

   Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

   Então, durante o livro, nos encontramos com um personagem tão perdido quanto o leitor. Você apenas sabe que ele passou por um problema e que está se recuperando para a sua amada, Nikki, mas apenas no fim ele se lembra e apenas no fim, você entende. 
   O modo como o autor conseguiu manter o mistério foi muito interessante e os personagens que construiu mais ainda, digo, Pat, Tiffany, Danny e até mesmo o pai de Pat são diferentes, tem problemas psicológicos "graves" e acho que para mim, seria uma dificuldade caracterizá-los, pois não é uma vida normal de certa forma, pois, você acaba à beira de um precipício, pensando que vai surtar e Matthew Quick acertou nisso, isto é, ele conseguiu descrever os sentimentos de Pat da forma mais única que já pude ver, é um personagem único.
   Tenho que admitir que no início achei o mesmo, um homem inocente se concertando de um ferimento e muitas vezes o chamei de "idiota", mas você percebe que ele tem razão, tem que se ver o lado bom da vida, mesmo que seja quase impossível.

O FILME COMO FILME:
   Entendi por que Jennifer Lawrence ganhou o Oscar, ela estava perfeita em sua atuação. O modo como ela conseguia manipular as emoções da personagens, passando de uma garota inocente para alguém triste e sozinha foram marcantes. Principalmente a cena da mesma dizendo: "I'm so much crazie than you".
   Além dela, Robert De Niro e assim como Bradley Cooper são dignos de nota pelos mesmos motivos, as cenas em que eles simplesmente "freaking out" não deixaram a desejar em nenhum momento. Se consegue ver em seus rostos que estão confusos e perdidos. Os gritos, as andanças  parecia real. E a lista de atores maravilhosos continua como Chris Tucker que eu não via há muito tempo, Julia Stiles que marcou no filme 10 Coisas que odeio em você, uma adaptação contemporânea de A Megera Domada de Shakespeare e a série Dexter, ainda vem Jaki Weaver, que eu nunca ouvi falar, pelo menos que me lembre, mas não dá para esquecer a mãe carinhosa de Pat agora.
   A história do filme é bem corrida, ela não tem grandes pausas para explicações ou flashbacks, os personagens apenas falam o que aconteceu, sem delongas, mas mesmo assim, o mesmo tem uma duração de cerca de 121 minutos, o que de certa forma, é um tempo normal para filmes adaptados, o que muitas vezes eu pensei não ser o caso, pois muitas cenas são incluídas do próprio roteirista. Grande parte é de Matthew assim como é de David O. Russel, o roteirista e diretor.



O FILME COMO UMA ADAPTAÇÃO DO LIVRO:
   Tudo bem, ambos, filme e livro tem o mesmo nome, mas são histórias singulares, o que por mim de início eu achei ruim, mas ao fim, você até gosta, isto é, o livro O lado bom da vida, de certa forma, não é um livro de romance, tem todo o melodrama, mas é sobre a própria vida, é sobre os problemas da mesma e que nem tudo é perfeito, já o filme é uma história de amor. E por isso o nome do post "de um casal de amigos para um par romântico", eu sei que ambos ficam juntos no final de ambas as obras, mas no livro, grande parte, você não sente esse romance, talvez por ser narrado por Pat.
   Então, como adaptação chega a ser um pouco falho, mas por ser exatamente uma adaptação chega a ser perfeito por suas mudanças e pelo novo olhar da história, apesar que eu senti falta de muita coisa, como o consultório do Dr. Patel no livro, o teto era decorado com nuvens, além de sempre ficarem gritando "E-A-G-L-E-S" durante os jogos, como também o mistério de "O que aconteceu com o Pat e a Nikki" e o fim, não me levem à mal, gostei de ambos, mas o do livro tem uma certa melancolia que se encaixa melhor no personagem.
E OMG! como a Jennifer sabe dançar!
   Mesmo tendo vários pontos que deixam a desejar, tem vários outros que o tornaram perfeitos e chegam até ser melhores, como a dança no final do filme (mesmo tendo uma nota não justa) foi perfeita e podia ser visto a diversão de ambos ao dançarem daquele jeito, além da maior participação do personagem Danny, que mesmo Pat dizendo que era seu melhor amigo, ele apareceu pouco como também a história em si, que foi diferente.
   Ao fim, eu percebi que a maioria das cenas entre Pat e Tiffany ficaram mais "calorosas", mas também muito fiéis as do livro, assim como os personagens. É quase como uma história minimamente diferente, mas com os mesmos personagens.

   Então, espero que vejam, gostem e comentem se leram o post (haha). 
   Ah, acho que aqui, quem vence é o livro, digo, ambos são visões diferentes, mas o livro se torna um pouco mais original e não segue a linha clássica de filmes de romance que é: cara, garota, briga, volta, beijo e fim. Mas vale à pena ver esse filme e ler o livro, claro.
   Obrigado,
   -Portico

Um comentário:

  1. Olá! Eu indiquei seu blog em uma TAG no meu: http://umaalmaliteraria.blogspot.com.br/2013/08/tag-01-selinho-da-indicacao.html

    ResponderExcluir