domingo, 6 de outubro de 2013

Resenha #9 Cidades de Papel


   "Talvez seja mais como você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começado um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo…as pessoas se vão, ou deixam de nos amar [...]"
   - Cidades de papel
   Foi uma das frases que mais me marcou.

   Que comecemos. Margo Roth Spiegelman. Acho que todos deveriam ter uma desta em sua vida. Mas vamos começar do inicio e dos personagens.
   Esta ótima história de John Green se inicia com Quentin (não o Tarantino) ou como o chamam depois de algumas páginas, Q. Este é o típico nerd com um futuro promissor, mas ele não se importa com o que pensam, ele é assim por que quer, ele tem amigos, é feliz, terminou com a namorada, seus pais são super atenciosos. Sua vida é perfeita, a não ser por um detalhe, a garota da casa ao lado, Margo, ele realmente a ama, se conhecem desde pequenos, mas quando ela some tudo a sua volta se modifica.
   Essa é a história, a premissa, sobre um garoto que se apaixona e vai atrás da garota que ama, pelo menos, da garota que idealiza.
   Não gosto de dizer isso, mas não acredito nesse amor, acho que no momento em que você deseja a "carne", o amor é maculado e assim se modifica, mas é diferente com Quentin, ele não deseja nada, apenas encontrá-la.
   Esse foi meu rápido resumo, mas leiam a sinopse:

Adoro essas fan-arts. Nesta temos, Ben, Quentin e Radar.
Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

   Para mim, todos os livros de John Green tem um significado. Deixe eu explicar, A Culpa é das Estrelas é sobre conviver com o que você é e não se importar com o resto; O Teorema Katherine é sobre se desvencilhar de memórias boas ou ruins e seguir em frente e Cidades de Papel é sobre como as pessoas são frágeis, como tudo é de papel (esses são os significados para mim, mas é relativo).
   A hipocrisia da coisa é a personagem dizer que todos são falsos com ela, como papel, quando ela mesma é falsa consigo mesma e apenas foi verdadeira com Quentin e acho que ao decorrer do livro é exatamente o
que acontece, os personagens principais, ao redor de Margo, começam a ver como são falsos consigo mesmo de certa forma, isto é, para quem leu, viu que a personagem Lacey começou a namorar um garoto que nunca olharia e a mesma era totalmente diferente do que parecia, a fuga de Margo fez com que todos se vissem de forma diferente, até mesmo Quentin que mudara a sua rotina apenas para saber onde havia parado o amor de sua vida.
   Acho que não preciso comentar sobre o modo como o livro é desenvolvido, é John Green, quando percebi já estava na página cinquenta e rindo das piadas de Margo. 
   A história não é sobre ela, ou o Q. ou ninguém, acho que é sobre todo mundo de certa forma. Pode ter falas célebres de personagens perfeitos, mas é sobre você, eu, todos.
   O que eu gostei muito durante a leitura, foram as pistas que a Margo deixou para trás, coisas simples que unidas nada valiam (acho que vão me entender se lerem) e algo importante nele, é o modo como o Q. tenta pensar como ela, lendo Canção de Mim Mesmo (leiam aqui), as citações sutis são maravilhosas que diferente de A Culpa é das Estrelas, são reais (haha). Além da genialidade da união de varios significados do termo "cidades de papel". Acho que se eu escrevesse uma história como essa, nunca ligaria tanto e gente, se eu puder estarei indo para Agloe quando puder, a nossa cidade de papel preferida (Entendedores Entenderão).


   Não tenho muitas críticas, apenas o personagem Ben, eu não gostei nem um pouco dele, achei-o um pouco babaca.
   Acho que é isso, não é muito, mas é a minha visão do livro, obrigado.
   Ah, já ia esquecendo, aqui vai um video de John Green falando sobre esta obra perfeita:


  Espero que tenham gostado, habitantes de lugar nenhum.

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